O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo muitas vezes começa com uma avaliação clínica, baseada nos sintomas relatados pelo paciente, como dormência, formigamento e dor nas mãos.
No entanto, para confirmar o diagnóstico e entender a gravidade da compressão do nervo mediano, é essencial realizar exames específicos.
É aqui que a eletroneuromiografia (ENMG) se torna uma ferramenta indispensável.
O que é a eletroneuromiografia?
A eletroneuromiografia é um exame que avalia a atividade elétrica dos nervos e músculos. Ele ajuda a detectar alterações na condução dos impulsos nervosos e identificar se há compressão ou dano nos nervos.
No caso da síndrome do túnel do carpo, o exame verifica se o nervo mediano está sendo comprimido e em que ponto essa compressão ocorre.
Por que a eletroneuromiografia é importante no diagnóstico da síndrome do túnel do carpo?
Embora os sintomas da síndrome do túnel do carpo sejam bastante característicos, eles podem ser confundidos com outras condições, como outras neuropatias periféricas ou mesmo tendinite.
No processo de investigação da síndrome do túnel do carpo, a eletroneuromiografia é fundamental, pois auxilia de diversas formas:
1 – Confirma a compressão do nervo mediano
O exame identifica com precisão se há comprometimento do nervo mediano e confirma se esta compressão é no punho ou em outro local do braço.
2 – Descarta outras causas
A ENMG ajuda também a diferenciar a síndrome do túnel do carpo de outras condições que podem causar sintomas semelhantes, garantindo um diagnóstico correto.
3 – Avalia a gravidade da compressão
O exame fornece ainda informações detalhadas sobre a gravidade da compressão, o que é essencial para definir o melhor tratamento, seja ele conservador ou cirúrgico.
Como é feito o exame?
O exame de eletroneuromiografia é simples e relativamente rápido. Ele envolve duas etapas principais:
Na primeira etapa, chamada de estudo de condução nervosa, pequenos eletrodos são colocados na pele para medir a velocidade e a força dos impulsos elétricos que passam pelo nervo mediano.
Isso ajuda a identificar possíveis bloqueios ou atrasos na transmissão dos sinais.
Na segunda etapa, chamada de eletromiografia, uma agulha fina é inserida em alguns músculos para avaliar a atividade elétrica dos mesmos durante o repouso e a contração muscular.
Essa parte do exame é importante para verificar a gravidade do comprometimento de força muscular associada à compressão do nervo.
É um exame doloroso?
Embora a ideia de agulhas possa causar receio, a eletroneuromiografia é um exame seguro e, geralmente, bem tolerado.
O desconforto é mínimo e breve, especialmente considerando os benefícios que ele traz para o diagnóstico e o tratamento da síndrome do túnel do carpo.
O que os resultados indicam?
Os resultados da ENMG podem mostrar:
- Compressão leve: quando há um pequeno atraso na condução dos impulsos nervosos, indicando um estágio inicial da síndrome.
- Compressão moderada: quando o nervo está mais comprometido, mas ainda há chances de reversão com tratamentos conservadores.
- Compressão grave: quando o bloqueio é significativo, muitas vezes exigindo intervenção cirúrgica para evitar danos permanentes.
O papel da eletroneuromiografia no planejamento do tratamento
Além de confirmar o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo, a eletroneuromiografia orienta o médico na escolha do melhor tratamento.
Por exemplo, em casos leves, o uso de talas e fisioterapia pode ser suficiente, enquanto em casos graves, a cirurgia pode ser necessária.
A eletroneuromiografia é uma peça-chave no diagnóstico da síndrome, fornecendo informações detalhadas e precisas sobre o estado do nervo mediano.
Com ela, é possível confirmar o diagnóstico, descartar outras condições e planejar o tratamento adequado para cada caso.
Se você está apresentando sintomas como dormência, formigamento ou dor nas mãos, não deixe de procurar um especialista.
Caso a eletroneuromiografia tenha sido indicada para você, agende o seu exame com a Dra. Melissa Polaro, e obtenha um diagnóstico preciso para um plano de tratamento personalizado.