A neuropatia diabética é uma complicação bastante comum no diabetes e pode causar danos graves aos nervos periféricos. Sem dúvida, o diagnóstico precoce é essencial para evitar a progressão da doença e minimizar as suas complicações.
Felizmente, existem diversos exames para avaliar a saúde dos nervos e detectar sinais de neuropatia. A seguir, vamos entender mais sobre quais são as opções.

Exames para diagnosticar a Neuropatia Diabética
Antes de responder à pergunta sobre qual exame é feito para saber se tem neuropatia diabética, é importante destacar que os testes variam conforme a gravidade dos sintomas e o tipo de neuropatia suspeita.
Assim, o neurologista pode solicitar diferentes exames para avaliar a função nervosa e determinar com mais precisão em qual estágio a doença está.
Exame Clínico e Avaliação Neurológica
O primeiro passo no diagnóstico da neuropatia diabética é a realização de uma avaliação neurológica detalhada. Durante a consulta, o médico investiga sintomas como dormência, formigamento, dor e perda de sensibilidade nos membros.
Além disso, alguns testes específicos ajudam a medir reflexos, força muscular e resposta a estímulos táteis, térmicos e dolorosos.
Teste de Sensibilidade com Monofilamento
Esse teste é simples, mas muito eficaz para avaliar a perda de sensibilidade nos pés, uma das áreas mais precocemente afetadas pela neuropatia diabética.
Basicamente, o médico utiliza um monofilamento de 10g para pressionar diferentes pontos da planta do pé.
Caso o paciente não perceba o toque, pode haver indícios de dano neural, aumentando a suspeita sobre a neuropatia diabética.
Teste de Vibração com Diapasão
O teste de vibração com diapasão é um exame com diapasão que avalia a sensibilidade vibratória dos nervos periféricos, sendo um exame rápido e indolor.
Exames Complementares
Eletroneuromiografia (ENMG)
A eletroneuromiografia é um dos exames mais importantes para diagnosticar a presença da neuropatia e caracterizar sua gravidade.
Esse procedimento permite avaliar a condução nervosa e a atividade elétrica dos músculos. Dessa forma, é possível determinar o grau de comprometimento dos nervos periféricos.
Por isso, a eletroneuromiografia é muito útil para diferenciar a neuropatia diabética de outras doenças neuromusculares.
Teste de Resposta Autonômica
A neuropatia diabética também pode afetar o sistema nervoso autônomo, comprometendo funções involuntárias do nosso corpo. É o caso, por exemplo, da regulação da pressão arterial e da frequência cardíaca.
Por isso, exames como o teste da variabilidade da frequência cardíaca e o teste de reflexo cutâneo-simpático podem ser úteis para avaliar como estão essas funções.
Ultrassonografia Neuromuscular
A ultrassonografia neuromuscular, por sua vez, é um exame complementar que permite visualizar em tempo real os nervos periféricos e as suas alterações estruturais.
Costuma ser um exame bastante útil para avaliação de neuropatias compressivas associadas à polineuropatia diabética.
A importância do diagnóstico precoce
Detectar a neuropatia diabética ainda nos seus estágios iniciais garante que o paciente possa iniciar um tratamento adequado e retardar a sua progressão.
Nesses casos, quanto antes se identificar a condição, melhores são as chances de sucesso com o tratamento, que visa principalmente impedir a progressão e controlar os sintomas.
Para isso, algumas estratégias são fundamentais, como manter um controle rigoroso da glicemia, associado ao uso de medicamentos, fisioterapia e mudanças no estilo de vida para reduzir os sintomas e prevenir complicações mais graves, como úlceras nos pés e infecções.
Se você tem diabetes e apresenta sintomas como formigamento, dor ou perda de sensibilidade, é essencial procurar o neurologista para realizar uma avaliação detalhada.
Eu, Dra. Melissa Polaro, especialista em doenças neuromusculares e eletroneuromiografia, estou à disposição para te auxiliar neste processo . Agende a sua consulta e vamos juntos proteger a sua saúde!