A neuropatia diabética é uma das complicações mais comuns do diabetes e tem o potencial de afetar a qualidade de vida dos pacientes que são acometidos.
A neuropatia se caracteriza pelo dano progressivo dos nervos, nesses casos, decorrentes dos níveis elevados de açúcar no sangue, causando quadros de dor, dormência, bem como outras alterações sensitivas.
Vamos entender melhor como a diabetes pode afetar a saúde dos seus nervos e como minimizar esse impacto ao longo da vida. Acompanhe!

O Que é a Neuropatia Diabética?
A neuropatia diabética é uma condição que ocorre quando os altos níveis de glicose no sangue danificam os nervos do corpo, principalmente os nervos periféricos, responsáveis por transmitir informações enviados do cérebro e da medula espinhal para os músculos.
Este dano neural sofrido pelo paciente pode comprometer diversas funções essenciais do corpo, resultando em sintomas que variam de sensações de formigamento e dormência nos membros até problemas mais sérios, como digestivos e cardiovasculares.
Tipos de Neuropatia Diabética
A neuropatia diabética pode se manifestar de diferentes formas, dependendo principalmente de quais nervos ela afetou. Os principais tipos incluem:
- Polineuropatia Periférica: afeta os nervos dos membros inferiores e superiores, causando sensações anormais, dor, fraqueza e atrofia muscular.
- Neuropatia Autonômica: compromete os nervos que controlam funções involuntárias do nosso corpo, como a pressão arterial, batimentos cardíacos e a digestão.
- Neuropatia proximal (amiotrofia diabética): afeta os nervos das coxas, quadris e/ou nádegas, podendo gerar dor intensa, fraqueza e até atrofia muscular.
- Neuropatia Focal: ocorre quando um nervo é danificado por compressão em locais de microtraumas repetitivos, como punho e cotovelo por exemplo, causando alterações de sensibilidade, dor, podendo evoluir para fraqueza e atrofia muscular focal nas fases mais graves da doença.
Sintomas da Neuropatia Diabética
Os sintomas da neuropatia diabética variam de acordo com o tipo e a gravidade da doença. Entre os mais comuns estão:
- Dormência ou formigamento nas extremidades, especialmente nos pés e nas mãos;
- Dor aguda ou queimação nos nervos afetados;
- Perda de sensibilidade, aumentando o risco de ferimentos;
- Fraqueza muscular e dificuldade de coordenação;
- Problemas digestivos, como náusea e episódios de diarréia intercalada com constipação;
- Alterações na pressão arterial e na frequência cardíaca.
Diagnóstico e Avaliação Neurológica
Para diagnosticar a neuropatia diabética, o médico pode realizar exames clínicos e neurológicos que contribuem para detalhar melhor o quadro do paciente. Por exemplo:
- Exames físico para avaliação de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa;
- Eletroneuromiografia, que avalia a função dos nervos periféricos;
- Exames de sangue para monitorar os níveis de glicemia, assim como outras condições que possam contribuir para o dano neural.
Tratamento e controle da Neuropatia Diabética
Infelizmente, ainda não contamos com uma cura definitiva para a neuropatia diabética. No entanto, é possível realizar o gerenciamento dessa condição de forma eficiente e reduzir os seus impactos através de algumas estratégias:
- Controle da glicemia: manter os níveis de açúcar no sangue sob controle é fundamental para reduzir a velocidade de progressão da neuropatia ao longo do tempo;
- Uso de medicamentos: fazer uso de analgésicos, antidepressivos e anticonvulsivantes, que podem ser prescritos para aliviar a dor neuropática em alguns casos
- Fisioterapia e exercícios: a prática de atividades físicas também ajuda a melhorar a circulação e auxilia no fortalecimento muscular, reduzindo a dor e a fraqueza.
- Cuidados com os pés: como a neuropatia pode reduzir a sensibilidade nos pés, é fundamental que os pacientes que sofrem com a condição cuidem deles regularmente, para prevenir ferimentos e infecções.
A importância da ajuda especializada
A neuropatia diabética pode evoluir de forma bastante silenciosa. Por isso, é essencial manter um acompanhamento regular com um médico especialista no assunto.
O tratamento adequado e precoce é uma das melhores maneiras de retardar a progressão da doença e minimizar ao máximo as complicações.
Por isso, contar com o apoio de uma neurologista qualificada pode garantir acesso a uma abordagem de tratamento personalizada.
Assim como exames mais avançados, como a eletroneuromiografia, que contribuem para avaliar o grau de comprometimento nervoso e orientar sobre o melhor plano terapêutico possível.
Como reduzir as chances de desenvolver Neuropatia Diabética?
Reduzir as chances de desenvolver neuropatia diabética é possível através de uma combinação de cuidados médicos, controle metabólico e mudanças no estilo de vida.
O primeiro e mais importante passo é manter os níveis de glicose no sangue sob controle, já que a hiperglicemia prolongada é a principal causa do dano nos nervos.
Isso exige o uso correto das medicações prescritas pelo endocrinologista, alimentação equilibrada e prática regular de atividade física.
Outro ponto essencial é evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, ambos fatores de risco para danos neurais, uma vez que o cigarro prejudica a circulação, enquanto o álcool em excesso tem efeito tóxico direto sobre os nervos periféricos.
Além disso, também é indispensável realizar consultas regulares com médicos especialistas, incluindo endocrinologistas e neurologistas, para realizar a detecção precoce de quaisquer alterações sensoriais ou motoras, garantindo intervenções mais eficazes.
Conte comigo!
Como vimos, a neuropatia diabética é uma condição que exige muita atenção e cuidados adequados para evitar complicações mais graves.
Por isso, o acompanhamento com uma neurologista qualificada faz toda a diferença para manter a qualidade de vida do paciente.
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