A perda de força nas mãos pode parecer apenas um sinal de cansaço ou de envelhecimento à primeira vista.
No entanto, quando atividades simples se tornam tarefas muito difíceis, como abrir um pote de vidro, segurar uma caneta ou carregar uma sacola, é um sinal claro de que é hora de investigar.
Isso porque esses sinais podem indicar muito mais do que um simples desgaste comum. Em muitos casos, são os primeiros alertas de doenças neuromusculares que exigem atenção especializada. Continue acompanhando para entender mais sobre esse sintoma!
Como saber se a perda de força nas mãos não é só cansaço?
Para a grande maioria dos pacientes, a perda de força nas mãos pode ser percebida em pequenas atividades do cotidiano. Por exemplo: dificuldade em abotoar roupas, segurar objetos por muito tempo, torcer uma toalha ou até manter a escrita contínua por alguns minutos.
A grande questão é que quando essas situações começam a acontecer com frequência ou evoluem rapidamente, é um sinal claro de que algo não está funcionando como deveria.
Esse sintoma pode indicar o desenvolvimento de disfunções neuromusculares, ou seja, de condições que afetam os nervos, músculos ou a comunicação entre eles.
Portanto, o diagnóstico precoce faz toda a diferença para o sucesso do tratamento e para a preservação da qualidade de vida.
Principais causas da perda de força nas mãos
Existem algumas condições comuns que podem estar associadas ao sintoma de perda de força nas mãos. Por exemplo:
Síndrome do Túnel do Carpo
Essa é uma das causas mais conhecidas e mais comuns, ocorrendo quando o nervo mediano que passa pelo punho, sofre compressão. Os sintomas podem incluir:
- Dormência e formigamento nos dedos (principalmente no polegar, indicador e médio);
- Perda de força na mão, inclusive ao segurar objetos pequenos,
- Dor que pode irradiar para o braço.
De modo geral, profissionais que realizam movimentos repetitivos com as mãos contam com um maior risco de desenvolver essa síndrome.
Neuropatias motoras
As neuropatias motoras são lesões ou disfunções nos nervos responsáveis pelos movimentos, que pode acontecer por causas traumáticas, autoimunes ou até mesmo genéticas.
Nesses casos, a perda de força costuma vir acompanhada de atrofia muscular .
Distrofias musculares
As distrofias são doenças genéticas que causam degeneração progressiva dos músculos, sendo que algumas formas de predomínio distal podem se manifestar inicialmente com o sintoma de perda de força nas mãos.
Para quadros de distrofia, é comum que o paciente tenha histórico familiar de fraqueza muscular, e os sintomas evoluem de forma lenta, mas contínua.
Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
Apesar de ser mais rara, a ELA é uma condição neurológica bastante séria, que pode começar de forma sutil, com sintomas como perda de força e atrofia nas mãos, dificuldade para escrever ou segurar objetos e fasciculações.
Mas, com o passar do tempo, a fraqueza começa a se espalhar para outras regiões do corpo, comprometendo a qualidade de vida do paciente.
O papel da eletroneuromiografia no diagnóstico
Se há suspeita de condição neuromuscular, a eletroneuromiografia é um dos exames mais indicados para diferenciar as possíveis causas da perda de força nas mãos, pois ele fornece um diagnóstico preciso para orientar o tratamento correto.
Esse exame deve ser realizado por uma médica neurologista especializada, para avaliar como está a atividade elétrica dos músculos e a condução dos impulsos nervosos.
O procedimento é minimamente invasivo e bastante tranquilo: utilizamos eletrodos de superfície e pequenas agulhas para realizar a captação dos sinais de nervos e músculos.
Apesar de poder causar um certo desconforto, é um exame seguro, rápido, extremamente útil e necessário para guiar o tratamento.
Perda de força nas mãos: quando procurar ajuda médica?
Se você está notando maior dificuldade para realizar tarefas manuais, como fraqueza progressiva, perda de habilidade motora, dormência persistente ou fadiga localizada, é fundamental buscar ajuda especializada.
Quanto mais cedo a avaliação for realizada, maiores são as chances de identificar a causa com precisão e iniciar o tratamento adequado.
Especialista em neurologia e em eletroneuromiografia, eu, a Dra. Melissa Polaro, possuo ampla experiência no diagnóstico de distúrbios neuromusculares.Portanto, estou preparada para te ajudar em todas as etapas do tratamento. Agende agora mesmo a sua consulta!
