A neuropatia diabética periférica é uma condição que pode surgir como uma complicação do diabetes ao longo dos anos.
Ela afeta os nervos periféricos, em geral mais gravemente nos membros inferiores, causando sintomas que podem comprometer a qualidade de vida e até a mobilidade do paciente.
Esse tipo de neuropatia ocorre devido aos danos neurais que os nervos periféricos sofrem decorrentes de altos níveis de glicose no sangue ao longo do tempo.
Mas, como essa condição pode afetar os pés e as pernas de pacientes diabéticos? É o que vamos entender melhor no conteúdo a seguir!
Como a Neuropatia Diabética Periférica afeta os pés e as pernas?
A polineuropatia periférica é uma condição que se caracteriza pelo comprometimento dos nervos periféricos.
Nos pacientes diabéticos, os elevados níveis persistentes da glicemia são os responsáveis pelo desenvolvimento da polineuropatia, que pode se manifestar apenas como um quadro de formigamento e queimação até perda total da sensibilidade.
Usualmente afeta mais precocemente e mais gravemente os pés e as pernas, mas também afeta as mãos e os braços do paciente nas fases mais avançadas.
Como a sensibilidade é menor nos pés, pequenas feridas ou cortes podem passar despercebidos.
Isso contribui para a evolução de complicações como ulcerações, infecções graves e até amputação do membro, uma vez que a cicatrização do paciente diabético é prejudicada pela má circulação periférica que também acomete estes indivíduos.
À este conjunto de disfunções sensitivas e vasculares nos membros inferiores do diabético damos o nome de “Pé Diabético”.
O Pé Diabético é uma das complicações mais graves no paciente com polineuropatia diabética, sendo bastante frequente naqueles com mau controle crônico da doença de base.
Mesmo nos quadros menos drásticos, a polineuropatia ainda causa impacto considerável na rotina do paciente, como dificuldade de locomoção decorrente de fraqueza muscular e de perda de equilíbrio, que aumentam o risco de quedas e fraturas.
Por fim, é importante destacar os quadros de dor intensa e constante que acometem boa parte dos pacientes com polineuropatia diabética, afetando seu bem-estar e sua qualidade de vida diariamente, muitas vezes evoluindo até para quadros de depressão e ansiedade diante do difícil convívio com a dor crônica.
Como fazer o diagnóstico da Neuropatia Diabética Periférica?
O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves em casos de neuropatia diabética periférica. Por isso, o médico pode solicitar a realização de exames clínicos e complementares, tais como:
- Teste de sensibilidade: é utilizado um monofilamento para avaliar a resposta do paciente ao toque nos pés
- Teste de vibração: com o uso de um diapasão, permite verificar se o paciente consegue perceber as vibrações corretamente.
- Testes de reflexos: permitem identificar a redução dos reflexos nos pés e tornozelos
- Eletroneuromiografia (ENMG): um exame essencial que avalia a função dos nervos e detectar sinais precoces de comprometimento neurológico periférico.
Prevenção e controle das complicações na Neuropatia Diabética Periférica
Apesar da neuropatia diabética não ter cura, algumas medidas podem ajudar a retardar a sua progressão e promover um alívio dos sintomas para os pacientes, melhorando a qualidade de vida:
- Manutenção do controle glicêmico: manter os níveis de açúcar no sangue dentro dos parâmetros normais é essencial para evitar ainda mais danos aos nervos.
- Prática de exercícios físicos: caminhadas e exercícios de fortalecimento contribuem para manter a mobilidade e reduzir a dor.
- Uso de calçados adequados: escolher calçados confortáveis e que protejam os pés é fundamental para prevenir ferimentos.
- Cuidados com a saúde dos pés: inspecionar os pés diariamente e hidratá-los evita que ocorra ressecamento e rachaduras.
Tratamentos disponíveis
O tratamento da neuropatia diabética periférica pode envolver desde o uso de medicamentos à terapias específicas para o alívio da dor e melhoria do bem-estar. Dentre as principais opções, podemos destacar, por exemplo:
- Analgésicos, antidepressivos e anticonvulsivantes: podem ser usados para controle da dor neuropática.
- Fisioterapia: exercícios focados em melhorar a força muscular e reduzir o risco de quedas.
A importância do acompanhamento neurológico
O acompanhamento regular com uma neurologista qualificada é essencial para pessoas que lidam com a diabetes , a fim de evitar complicações mais sérias e para garantir acesso a tratamento adequado, caso seja necessário.
Sou a Dra. Melissa Polaro e possuo expertise no diagnóstico e tratamento da neuropatia diabética periférica. Posso te auxiliar na identificação precoce da condição e na escolha de um plano de tratamento personalizado. Agende a sua consulta e seu exame agora mesmo!