Conhece alguma criança que cai com frequência e parece apresentar dificuldade para subir escadas, cansaço exagerado na hora de brincar ou até demora para começar a andar?
Esses sinais, apesar de muitas das vezes serem considerados apenas uma parte normal do desenvolvimento infantil, podem indicar condições neuromusculares que merecem uma investigação mais detalhada.
Nem toda queda é um motivo real de alarme. Mas quando essas situações se repetem muito ou acontecem acompanhadas de outros sintomas, é fundamental que os pais e cuidadores observem com atenção e busquem uma avaliação especializada.
A seguir, explico melhor como reconhecer os sinais e entender quando esses acontecimentos precisam de atenção e investigação. Acompanhe!
Atenção aos primeiros sinais como atraso motor, quedas e cansaço
Se a criança cai com frequência, isso pode ser algo bastante comum durante a fase de aprendizado motor.
No entanto, quando esse comportamento aparece associado a outros sinais, pode existir algo que vai além da simples imaturidade motora dos pequenos.
Nesse sentido, alguns dos principais sinais de alerta incluem, por exemplo:
- Demora para começar a andar (após os 18 meses de idade);
- Caminhar na ponta dos pés;
- Perda de habilidades motoras que a criança já havia adquirido;
- Dificuldade para correr, pular ou acompanhar os colegas durante as atividades físicas.
Esses indícios, em conjunto ou de forma isolada, podem apontar para algumas doenças neuromusculares, que afetam diretamente os músculos e/ou os nervos responsáveis pelos movimentos do nosso corpo.
O que são doenças neuromusculares e por que se manifestam na infância?
As doenças neuromusculares incluem um grupo de condições que afetam o funcionamento dos músculos e dos nervos periféricos.
No geral, muitas delas possuem origem genética e podem se manifestar ainda nos primeiros anos de vida. Dentre os principais diagnósticos possíveis nesses casos, podemos destacar:
- Distrofias musculares: doenças genéticas que provocam enfraquecimento progressivo da musculatura, como a Distrofia Muscular de Duchenne.
- Miopatias congênitas: causam alterações estruturais nos músculos comprometendo a força muscular desde o nascimento ou ainda nos primeiros anos.
- Neuropatias hereditárias: afetam os nervos periféricos com comprometimento motor e sensitivo.
- Amiotrofia Espinhal (AME Tipo 0, I e II): condição genética e degenerativa que afeta os neurônios motores (responsáveis pelos movimentos). Podem se manifestar desde a vida intra uterina ou mais tardiamente na infância .
Essas condições, por serem relativamente raras, são pouco conhecidas por muitos pais e até mesmo por profissionais de saúde, resultando em atraso frequente no diagnóstico e no início do tratamento adequado.
Como a eletroneuromiografia ajuda no diagnóstico?
A eletroneuromiografia (ENMG) é um exame essencial para a investigação das doenças neuromusculares, avaliando a atividade elétrica dos músculos e a condução dos nervos.
No caso de crianças com fraqueza generalizada, quedas frequentes, dificuldade para caminhar ou cansaço anormal, a ENMG pode fornecer informações valiosas quanto à saúde neuromuscular da criança.
Crianças com dificuldades motoras: quanto antes investigar, melhor!
Algumas destas doenças têm tratamentos capazes de modificar seu curso natural, garantindo maior preservação de funcionalidade na vida do paciente. Outras, apesar de não terem uma cura definitiva nem um tratamento modificador de doença, podem ser tratadas de forma a melhorar a qualidade de vida da criança.
Então, quanto antes obtiver o diagnóstico, mais precocemente será iniciado o tratamento correto.
Para isso, é fundamental que os pais fiquem atentos aos sinais e não hesitem em buscar uma avaliação especializada quando notar dificuldades relacionadas ao desenvolvimento motor da criança.
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Cada criança tem um tempo único para se desenvolver e alguma dificuldade neste processo é comum, não devendo ser motivo de angústia para seus pais.
Porém, quedas frequentes, fadiga, perda de ganhos motores que a criança já realizava, ou seja, dificuldades motoras persistentes, que interferem no dia-a-dia desta criança, não devem ser ignoradas.
Como neurologista especialista em eletroneuromiografia e com minha experiência em eletroneuromiografia pediátrica , tenho acompanhando de perto muitos diagnósticos precoces que fizeram toda a diferença no tratamento e na evolução da criança
Portanto, se você notou que o seu filho ou filha apresenta sinais de dificuldades motoras, saiba que existem caminhos para investigar com cuidado, acolhimento e precisão.
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